30 de mayo de 2009

Noticias de Europa

Quinta-feira, 28 de Maio de 2009 10:51
De:
"Edson Vieira Abdala"
Para:
"'Luis Alberto Warat'"
Querido Warat,

Perdoe-me pela extensão do e-mail, mas gostaria de compartilhar, confidencialmente, alguns detalhes da viagem com o amigo.
Preparei à mão este e-mail no Café de La Paix (Paz) e estou enviando da Palavra da Vida na Hungria, assistindo a última aula deste ano letivo com a minha filha Morena, a qual está concluindo esta fase dos estudos de Teologia.
Cheguei no domingo, graças à Deus, sem problemas.
Peguei o metrô com aquelas dificuldades todas de quem não vai à Paris há 10 anos.
Rapidamente senti o cheiro e o clima.
Logo observei pessoas de todas as tribos e raças, jovens de várias matizes, o que reforça o ar cosmopolitano da cidade.
Depois de algum esforço consegui chegar ao Hotel. A jornada foi longa mas tranqüila. Concluí o check-in, retornei ao metrô e fui dar uma passeadinha básica: Torre Eiffel. Fiz um lanchinho modesto no Café Dome, com direito à vinho nacional, por óbvio!
Voltei por meia-noite, tomei um banho e fui dormir.

Na segunda-feira peguei um trem e fui à Baixa Normandia (+ou- 230 km ), na cidade de Caen e mais um ônibus até a cidade de Saint Clair, para assistir no Teatre D “Herouville o Professor Michel Onfray falar sobre Nietzche.
Cheguei por volta das 14h30. Pude sentir o ambiente, conversei com as pessoas e me dirigi ao Teatro por volta das 16h.
Fui o primeiro a chegar, o que possibilitou observar o local. Como faltavam duas horas para a palestra, dei uma volta e fui comer e beber algo compatível com o momento e a região.
Voltei ao Teatro pelas 17h10 quando, sem mais e sem menos, falando ao telefone apareceu o Onfray. Esperei a conclusão do telefonema, dirigi-me a ele e me apresentei, destacando o seu nome Warat e as suas idéias.
Após ouvir-me por alguns instantes, imediatamente apresentou-me a sua assistente, a qual também me ouviu dentro do possível, pois a palestra estava por começar, onde trocamos cartões, enfim coisas do gênero.
Parêntesis: Por volta das 17h30, meia hora antes da palestra, pessoas de todas as idades, cores e profissões foram adentrando ao Teatro. Creio que deveria ter umas 700 pessoas. Após a brilhante aula, que te detalharei pessoalmente, ouve perguntas e repostas do Onfray.
Na terça-feira, por volta das 13 horas, recebi um e-mail da assistente do Onfray, que se chama Dorothée Schwartz, o qual te repasso dentro das reservas adequadas ao caso, firmando o nosso contato.

“cher monsieur,
je suis désolée. j'ai été requise par des éléments techniques avant le cours et n'ai pu vous parler dans le hall comme convenu. pouvez-vous me dire ce dont vous vouliez faire part à michel onfray, je lui transmettrai.
merci beaucoup.
j'espère que vous avez apprécié ce dernier cours dédié à Nietzsche.
très cordialement
dorothée schwartz p/o michel onfray”

Enfim, acho que abrimos um contato. Coloco-me à sua inteira disposição para colaborar com o grupo.


Na terça-feira passei o dia no Musée D’Orsay, privilegiando os impressionistas. Aquela pobreza do nível 5, das salas 28 a 38, né? Destaco o visual à esquerda, olhando de frente o quadro de Touluse-Lotrec: o Louvre e a Sacre Coeur.
Depois, agüente: Cézanne, Manet, Monet, Renoir Van Gogh, Degas, entre outros.
Após um dia e tanto, muitos pensamentos vêm à mente e observo como a ausência de sensibilidade está posta.
Ao observar aqueles quadros e mirá-los com veemência, pude observar o ataque dos pintores às telas e sentir as pinceladas que transformaram algo amorfo em vida. Tais pinturas proporcionam ao observador grandes momentos, pois ora estamos envolvidos com as telas, ora face a face com os artistas, ora com os nossos pensamentos e desejos que transcendem o conhecido.
E, por fim, com o vai e vem das pessoas, algo pra mim restou claro: a obra é de todos!
Saudades, abraços e espero revê-lo brevemente,
Abdala

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