Caro mio
Como foi importante haveres conversado comigo há poucos dias. Me aliviou a alma escutar tua voz amiga. Como sabes, no plano sublunar as noites são sucedidas pelas manhãs e o escuro cede ao claro, ao solar.
Creio que estás a atravessar uma longa noite, dolorosa e aparentemente sem sentido, no entanto viver é estar inc luso num universo de sentidos que nem sempre somos capazes de apreender, de compreender. Viver não é uma inutilidade, uma mera casualidade. A vida cósmica da qual nos originamos (lembre-se que somos frutos dos elementais de quem os alquimistas muito se aproximaram) traz consigo sentidos ao Caos que nos dá origem, a todos nós, a todas as formas de existência, das larvas vulcânicas aos seres humanos, das galaxias aos míseros planetas (como é o caso de Gaia, nossa morada planetária). Tudo tem sentido no não sentido, visto que nossa compreensão é limitada.
Creio que é chegada a hora de seres aquela águia da tua metáfora, estás no cume das mais altas montanhas graças ao teu amor pela vida, com o preço de haveres esquecido da tua morada primeva: teu corpo. Este é um preço, como tantos outros por havermos nascido da espécie humana, este é o nosso legado, nosso único legado.Nossos legatários são todos os humanos que existiram, que existem e que venha m a existir. Poucos alcançam o cume, o limite; você alcançou, retirou os véus que encobrem o real, desvelou a realidade, isto tem um preço, saibas recepciona-lo como também saibas paga-lo.
Chegou o momento de arrancar as penas que permitiam o vôo livre, de quebrar o bico que sempre penetrou no Real. É chegado o momento de quietamente e humildemente libertar-se daquilo que foi tua liberdade circunstancial. Creio que, pacientemente deves deixar que novas penas emplumem teu corpo e que um novo bico surja. Nunca será como dantes, pois momento passado é momento passado.
A Natureza Mãe te oferece este novo movimento, quem sabe da borboleta no seu grande momento mutacional. Fique quieto, não esbreveje, não condene, não se arrependa, aceite-se simplesmente com as limitações que te são impostas (outras aconteceram e talvez nem tenhas percebido).
Casualmente escuto a Ave Maria de Gounold, algo trasncendente que alguém materializou para eternizar um momento dest e ser humano, pequeno e miserável no mais das vezes, no entanto, a Natureza recepcionou algo da sua criação como equilibrio estético e amoroso, creia nisto, pois sempre acreditasses que o AMOR nos redimiria, a todos, nos redimiria desta pobre condição humana.
Tens uma missão, missão que decidiste como tua, única e portanto solitária (Zaratustra, Cristo, Buda, homens que sabiam que não seriam escutados enquanto falassem, apenas depois quando a palavra virasse ruído, som universal). Não te queixes das limitações, sempre as tiveste, apenas estas são mais incidentes, mais fortes. Sei que podes...
Te amo
Albano
Como foi importante haveres conversado comigo há poucos dias. Me aliviou a alma escutar tua voz amiga. Como sabes, no plano sublunar as noites são sucedidas pelas manhãs e o escuro cede ao claro, ao solar.
Creio que estás a atravessar uma longa noite, dolorosa e aparentemente sem sentido, no entanto viver é estar inc luso num universo de sentidos que nem sempre somos capazes de apreender, de compreender. Viver não é uma inutilidade, uma mera casualidade. A vida cósmica da qual nos originamos (lembre-se que somos frutos dos elementais de quem os alquimistas muito se aproximaram) traz consigo sentidos ao Caos que nos dá origem, a todos nós, a todas as formas de existência, das larvas vulcânicas aos seres humanos, das galaxias aos míseros planetas (como é o caso de Gaia, nossa morada planetária). Tudo tem sentido no não sentido, visto que nossa compreensão é limitada.
Creio que é chegada a hora de seres aquela águia da tua metáfora, estás no cume das mais altas montanhas graças ao teu amor pela vida, com o preço de haveres esquecido da tua morada primeva: teu corpo. Este é um preço, como tantos outros por havermos nascido da espécie humana, este é o nosso legado, nosso único legado.Nossos legatários são todos os humanos que existiram, que existem e que venha m a existir. Poucos alcançam o cume, o limite; você alcançou, retirou os véus que encobrem o real, desvelou a realidade, isto tem um preço, saibas recepciona-lo como também saibas paga-lo.
Chegou o momento de arrancar as penas que permitiam o vôo livre, de quebrar o bico que sempre penetrou no Real. É chegado o momento de quietamente e humildemente libertar-se daquilo que foi tua liberdade circunstancial. Creio que, pacientemente deves deixar que novas penas emplumem teu corpo e que um novo bico surja. Nunca será como dantes, pois momento passado é momento passado.
A Natureza Mãe te oferece este novo movimento, quem sabe da borboleta no seu grande momento mutacional. Fique quieto, não esbreveje, não condene, não se arrependa, aceite-se simplesmente com as limitações que te são impostas (outras aconteceram e talvez nem tenhas percebido).
Casualmente escuto a Ave Maria de Gounold, algo trasncendente que alguém materializou para eternizar um momento dest e ser humano, pequeno e miserável no mais das vezes, no entanto, a Natureza recepcionou algo da sua criação como equilibrio estético e amoroso, creia nisto, pois sempre acreditasses que o AMOR nos redimiria, a todos, nos redimiria desta pobre condição humana.
Tens uma missão, missão que decidiste como tua, única e portanto solitária (Zaratustra, Cristo, Buda, homens que sabiam que não seriam escutados enquanto falassem, apenas depois quando a palavra virasse ruído, som universal). Não te queixes das limitações, sempre as tiveste, apenas estas são mais incidentes, mais fortes. Sei que podes...
Te amo
Albano
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