22 de junio de 2009

Eu mexo com a vida

Warat, não nos conhecemos. De outro modo, fios de matizes e texturas diversas nos enredam. Temos em comum uma fome antropófágica, uma vontade de mestiçagem, de dizer não aos saberes pretensamente puros e blindados. Somos porosos, e como diz o "maldito" Juliano Pessanha, estamos abertos à visitação dos afetos.Quando falo do que aprendi, do que faço prefiro usar uma terminologia do interior do Nordeste do Brasil que diz assim - eu mexo com antropologia, arte, filosogia, algo de psicanálise, alegria. Pode parecer deslocada a alegria, talvez seja fermento, unguento sei lá, mas se existe algo que chamam verdade é essa: me habita uma razão/desrazão de viver em alegria. Longe, muito longe de piequices. Eu falo de uma alegria feito cabra pulando cerca e invadindo propriedades alheias. Alegria eros, que sacode a acorda o corpo e abraça a dor. Pois Warat, estou agora, na condição de Secretaria de Direitos Humanos da Prefeitura de Fortaleza, uma visão instituinte para tentar lançar alguns fluidos, alguma ambiência de direitos humanos a partir do lugar do governo. Por isso, desde que aceitei esse convite voltei a ler teus textos e a dialogor em silêncio com você. Até esse momento em que atravesso essa parede e lanço palvras em tua direção.

bjs

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