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"Se renuncias às dores do amor, deixas de ser um peregrino. Tua vida deixa de ser um rio que vai até o oceano, transforma-se em um charco estancado. O estancamento narcisista".
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O amor é algo muito raro de acontecer, de acordo a mensagem de Osho. A relação amorosa é um dos mistérios sagrados da existência. O encontro desarmado que duas reservas selvagens podem expressar uma para a outra. Duas flores secretas que se revelam mutuamente.
Uma revelação muito forte, já que se tem que dar tanto através dos sentidos, que as reservas selvagens podem transmitir pelos corpos e as palavras, como pelas coisas que cada um pode roubar do inconsciente amoroso do outro (a zona mais nobre da reserva selvagem, a que unicamente se chega viajando nos silêncios).
No momento em que duas reservas selvagens se encontram desarmadas, um novo mundo é criado, inscrito um devir de diferenças no tempo. Nesse novo mundo, ambos se transformam.
Quando alguém consegue amar, já não é mais a mesma pessoa. Juntamo-nos para criar uma relação, e essa criação nos cria como diferentes, (re)cria-nos no mais profundo. Um outro silencioso se apodera de nosso corpo mostrando-lhe o inédito que escondia como uma semente de mostarda (como diria Osho) que o outro do amor impulsiona a crescer.
O encontro de dois mundos selvagens em reserva é algo muito complexo. É a mais complexa das místicas. O lugar mágico mais complexo. Os conflitos que unicamente a magia pode resolver.
Os dois que se encontram vêm carregados com um longo passado, geralmente de adições, que resiste a ser desarmado. Ante a cada possibilidade de amor, a armação de defesas tende a crescer, a fortificar-se.
No começo de um caminho que leva para o amor, os encontros são periféricos. As reservas selvagens não intervêm, observam a distância. Quando uma relação cresce em intensidade e intimidade, então as reservas começam a aproximar-se, a encontrar-se mais e mais. Isso pode começar a ser chamado amor.
A periferia nunca é uma zona de amor. Quando duas periferias se aproximam, dá-se um encontro entre conhecidos.
A grande maioria das pessoas se engana, confunde os conhecidos com o amor. Uma grande falácia com um triste final, no mínimo, de desilusões.
Uma revelação muito forte, já que se tem que dar tanto através dos sentidos, que as reservas selvagens podem transmitir pelos corpos e as palavras, como pelas coisas que cada um pode roubar do inconsciente amoroso do outro (a zona mais nobre da reserva selvagem, a que unicamente se chega viajando nos silêncios).
No momento em que duas reservas selvagens se encontram desarmadas, um novo mundo é criado, inscrito um devir de diferenças no tempo. Nesse novo mundo, ambos se transformam.
Quando alguém consegue amar, já não é mais a mesma pessoa. Juntamo-nos para criar uma relação, e essa criação nos cria como diferentes, (re)cria-nos no mais profundo. Um outro silencioso se apodera de nosso corpo mostrando-lhe o inédito que escondia como uma semente de mostarda (como diria Osho) que o outro do amor impulsiona a crescer.
O encontro de dois mundos selvagens em reserva é algo muito complexo. É a mais complexa das místicas. O lugar mágico mais complexo. Os conflitos que unicamente a magia pode resolver.
Os dois que se encontram vêm carregados com um longo passado, geralmente de adições, que resiste a ser desarmado. Ante a cada possibilidade de amor, a armação de defesas tende a crescer, a fortificar-se.
No começo de um caminho que leva para o amor, os encontros são periféricos. As reservas selvagens não intervêm, observam a distância. Quando uma relação cresce em intensidade e intimidade, então as reservas começam a aproximar-se, a encontrar-se mais e mais. Isso pode começar a ser chamado amor.
A periferia nunca é uma zona de amor. Quando duas periferias se aproximam, dá-se um encontro entre conhecidos.
A grande maioria das pessoas se engana, confunde os conhecidos com o amor. Uma grande falácia com um triste final, no mínimo, de desilusões.
Para amar é preciso encontrar o outro em sua reserva selvagem. Algo duro, que não é fácil, obriga cada parceiro a passar por uma revolução que o transforme, porque se queres encontrar a alguém em tua reserva, terás que permitir que essa pessoa chegue a tua reserva. Tua reserva selvagem terá que voltar a se desarmar, terá que ficar absolutamente desarmada. Algo que traz muito risco.
O amor é doloroso porque nos deixa sem armaduras, vulneráveis, o amor nos coloca no risco, fora dos cálculos, fora dos portos seguros.
Podes evitar as dores do amor evitando o amor. Estarás renunciando a viver. As dores do amor são criativas, levam-te a um maior dar-te conta, transformam-te.
Se renuncias às dores do amor, deixas de ser um peregrino. Tua vida deixa de ser um rio que vai até o oceano, transforma-se em um charco estancado. O estancamento narcisista.
Um rio permanece limpo porque flui. O fluir do rio outorga-lhe virgindade. Todos os amantes são virgens.
O homem moderno perdeu a coragem de entrar nessa aventura chamada amor. O homem aprendeu a linguagem da ciência moderna, esquecendo-se da linguagem do amor. A linguagem da intimidade que nos envolve, que nos revela o rosto original do outro.
Podes evitar as dores do amor evitando o amor. Estarás renunciando a viver. As dores do amor são criativas, levam-te a um maior dar-te conta, transformam-te.
Se renuncias às dores do amor, deixas de ser um peregrino. Tua vida deixa de ser um rio que vai até o oceano, transforma-se em um charco estancado. O estancamento narcisista.
Um rio permanece limpo porque flui. O fluir do rio outorga-lhe virgindade. Todos os amantes são virgens.
O homem moderno perdeu a coragem de entrar nessa aventura chamada amor. O homem aprendeu a linguagem da ciência moderna, esquecendo-se da linguagem do amor. A linguagem da intimidade que nos envolve, que nos revela o rosto original do outro.
A palavra intimidade, diz Osho, vem do latim intimum. Significa teu centro mais profundo. Esse centro pode ser um cosmos ou um caos (quando estamos desintegrados e não sabemos aonde ir).
A intimidade assusta, dá medo, porque o outro pode aproximar-se e descobrir que em nosso centro só existe o caos.
A intimidade é permitir que o outro entre em tua reserva selvagem, que te veja ainda nas coisas que tu mesmo não consegues ver.
Amar é mostrar-se vulnerável ao outro com a absoluta confiança de que o outro não tentará aproveitar-se da tua vulnerabilidade para converter-se em teu amo. Essa é a arte do amor, a mais esplendorosa alquimia que pode imaginar-se. O amor é uma arte, a maior da existência, também a mais difícil de praticar. A flor dourada é a mais difícil de criar. O amor como luxo, não como necessidade. Um estado da alma, não um fazer. Meu corpo inunda de felicidade, é o vazio.
A intimidade assusta, dá medo, porque o outro pode aproximar-se e descobrir que em nosso centro só existe o caos.
A intimidade é permitir que o outro entre em tua reserva selvagem, que te veja ainda nas coisas que tu mesmo não consegues ver.
Amar é mostrar-se vulnerável ao outro com a absoluta confiança de que o outro não tentará aproveitar-se da tua vulnerabilidade para converter-se em teu amo. Essa é a arte do amor, a mais esplendorosa alquimia que pode imaginar-se. O amor é uma arte, a maior da existência, também a mais difícil de praticar. A flor dourada é a mais difícil de criar. O amor como luxo, não como necessidade. Um estado da alma, não um fazer. Meu corpo inunda de felicidade, é o vazio.
Trechos do texto de Luis Alberto Warat.
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