2 de agosto de 2010

Paraíba 2008





Para quem não conhece, este senhor aí da foto é Luis Alberto Warat, um dos maiores filósofos do direito vivos. No próximo dia 19, Warat receberá o título de Doutor Honoris Causae concedido pela Universidade Federal da Paraíba, após Simpósio que acontecerá na Faculdade de Direito em sua homenagem.
Esta, diga-se de passagem, mais do que justa, diante da robustez, ousadia e originalidade do pensamento do Mestre Warat, algo que tem estado em falta no meio jurídico (na minha opinião, hoje temos muita quantidade e pouca qualidade, muito "mais do mesmo"). Meu amigo Gustavo Rabay honrou-me com um convite para participar como palestrante no referido evento e o farei na terça, dia 18, pela manhã.

Algumas notas pessoais.
Conheci Warat em 1999, quando praticamente iniciava minha ainda curta carreira docente. Até então ele era para mim um ilustre desconhecido, desses que você já ouviu falar, mas nunca leu. Um amigo em comum, Albano Pêpe, trouxe o Professor argentino-brasileiro para alguns eventos em Pernambuco e, a partir das conversas que tive com ele e posteriores leituras de suas obras, descobri um dos mais geniais pensadores do direito e da filosofia contemporâneos.

Para muitos um "porra louca", o referido Professor é um pensador incomum que alia profunda erudição com um verdadeiro turbilhão mental criativo, explorando "mares nunca d'antes navegados" no direito e na filosofia.
É um sujeito que traz ao direito debates impensados pela quase totalidade dos juristas com análises psicanalíticas, cognição da sensibilidade, reflexão intersubjetiva, relação com a arte e a literatura, quase em uma pedagogia jusfilosófica surrealista, como diria o próprio.

Não está preso a amarras ideológicas e quase como uma "metamorfose ambulante", consegue agradar e desagradar a todos (direita, esquerda, centro, conservadores - principalmente, progressistas, comunistas, liberais, social-democratas) com seu pensamento profundamente singular com permanentes rupturas e retornos a idéias e autores.

Ao Professor que, segundo alguns, embora tenha se naturalizado brasileiro, nunca aprendeu a falar português, além de ter desaprendido a falar espanhol (risos), minha mais profunda reverência e admiração, honrado que estou em participar de tão justa homenagem.
Parabéns, Warat.


Bruno Galindo

14 de novembro de 2008

1 comentario:

Rafael A. F. Zanatta dijo...

Pensador singular no direito brasileiro. Um grande nome, de fato. A cada dia, me aproximo mais do pensamento waratiano.