O Professor Luis Alberto Warat, em sua palestra Por uma nova Gramática do Direito e de seu Ensino, apresentou considerações sobre a sua Filosofia Anarquista, recuperando alguns ideais do ano de 1968, propondo reflexões sobre a necessidade de encontrarmos nos juristas, uma razão sensível, um novo modelo de sensibilidade que abra uma fissura na concepção autoritária da dogmática jurídica. Trata-se de um espaço onde foi compartilhado alguns fragmentos de uma longa experiência de vida, no mundo jurídico e acadêmico, associada a incursões transdisciplinares, carnavalizando tudo que é rígido e estático, que apresentado a nós, busca desnudar a ambivalência de nossa condição humana, entre a racionalidade e a sensibilidade, em um espaço vivo, aberto às expressões de conhecimentos e sentimentos, sem a rígida preocupação com os limites ortodoxos, não raro, cegamente aceitos.
Foi neste valioso encontro com os alunos e professores da ESADE, que também contou com a visita de alunos da FACENSA, que foi feito o convite para a continuação do debate e reflexões no Café Filosófico que aconteceu dia 4 de setembro, na Palavraria, um convite a fugir dos lugares comuns, das formatações convencionais para uma postura construtiva e consciente, da necessária sofisticação do conhecimento.
Guto Gomes
1 comentario:
Warat é um grande pensador, sempre inquieto e inovando. Tive a honra de ser seu aluno no mestrado e convivi com ele por longo tempo aqui em Florianópolis.
Mas a questão que coloco é que a legalidade ainda é o melhor esteio que sustenta as liberdades democráticas.
Bem sei, entretanto, que Warat se contrapõe à idiotice do "direito achado na rua".
A quebra da legalidade sempre abriu caminho para as mais variadas formas de ditadura e de populismo travestido de democracia, ou seja, "democratismo".
O que afirmo se verifica no Brasil e em toda a América Latina.
Cordial abraço do
Aluízio Amorim
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