20 de septiembre de 2007

ilha da Fala - primeiro capítulo

ILHA DA FALA - O TERRITÓRIO DESCONHECIDO DO MUNDO JURÍDICO
Autora Juliana Ribeiro Goulart
Colaborador: Luis Alberto Warat
Mais um dia sem inspiração, cinzento. Ao acordar, Lou sentia-se cansada. Uma grande dor nas costas lhe afligia o corpo. Mas tinha que se levantar. Porém, estava decidida que não continuaria no escritório de advocacia mais famoso de Paris, apesar de ter um emprego considerado com um dos mais charmosos da área. Lou estava com 33 anos, exausta dos mesmos assuntos, das mesmas pessoas, das mesmas festas, dos mesmos lugares comuns e sem graça de sempre. Na semana passada tinha acabado seu relacionamento com Charles, um charmoso Francês, de 34 anos, mas com cabeça de 17. Tudo estava dando errado, mas Lou sonhava, esperava sempre mais e cultivava em seu imaginário dias melhores, com um trabalho que lhe desse ânimo e prazer, com algo novo que lhe desse inspiração, com algo que pudesse exercitar e usar sua criatividade. Tomou seu banho, vestiu seu terninho preto, olhou-se no espelho e sentiu-se um pingüim. Quase chorou, mas colocou uma música animada no seu lap top, terminou de se arrumar e tomou um táxi, apressada, pois estava atrasada e seu celular já estava tocando. Porém decidiu não atender. Olhou no visor e era Charles, o que será que ele queria àquela hora da manhã????

Chegando ao escritório, decidiu, porém, agir de forma impulsiva, e pedir demissão. Porque agiria de forma contrária aos seus princípios? Era hora de ser ela mesma, pensou, e agir como uma típica "hiperativa impulsiva". E assim o fez. Ao deixar o escritório, na manhã daquela sexta-feira ensolarada, sentiu uma grande felicidade, como se fosse uma criança novamente, livre, com um bem estar como há muito tempo não sentia. Decidiu ir a uma lanchonete que seu avô costumava levar-lhe na infância, o Café das Flores, e depois caminhar em direção ao Louvre. Ligou para sua melhor amiga, Helena, e contou a novidade. Continuou o passeio quando decidiu entrar em uma Livraria. Nada mais inspirador do que comprar um livro novo, que pudesse lhe fornecer novos rumos, que lhe desse uma idéia para, enfim, descobrir sua vocação. Lou sentia-se perdida e pensava até em largar a carreira jurídica. Passou pela sessão da Filosofia, Sociologia, Psicologia, Medicina, Literatura, Química, Física, Dietas, Auto-Ajuda, mas não queria chegar na sessão de Direito. Decidiu tomar coragem e dar uma olhada nas novidades jurídicas.

Porém, Lou não sabia que estava sendo observada, desde antes do momento que entrou na livraria. Caminhando entre os livros de Direito, ela viu um envelope branco caído no meio da sessão. De quem seria aquele envelope?
Juntou o envelope, olhou para os lados e não viu ninguém. Lou era muito curiosa e não resistiu, abriu o envelope e lá estava escrito:

O que você procura? Parece angustiada. Estive lhe observando e você já abriu mais de 100 livros, risos, desculpe! Mas penso que posso ajudar-te. Se você tiver interesse me procure: Telefone 4545878454. Ah, meu nome é kairós. K L A W

Lou ficou catatônica. Olhou para os lados e não via ninguém suspeito. Pensou logo que esse tal de Kairós seria um psicopata, que seguia mulheres perturbadas. Ficou com muito medo e saiu apressada da Livraria, olhando para todos os lados da rua. Pegou um táxi, enfim estava em casa, segura.

Ligou para sua melhor amiga e contou o caso. Helena disse:

- Ai, que romântico, pode ser o homem da sua vida, liga para ele e acaba logo com esse sofrimento.

Mas Lou achava que se tratava de um psicopata, ficou com muito medo, apesar de sua grande curiosidade.

Foi dormir. Sonhou com o homem misterioso, com a carta, com monstros que lhe perseguiam, com Charles, que tinham filhos, que estava gorda, quando de repente vê seu ex-chefe, o escritório, as ex-colegas fofoqueiras, quando enfim... Acorda, graças a Deus!

Depois do banho, ao tomar uma xícara de café e ler o jornal, Lou decide ligar para o número misterioso que Kairós tinha referido.

-Bom Dia, Universidade de Paris, em que posso ajudar?

Lou ficou tão espantada que desligou o telefone. Decide ligar para sua melhor amiga e ela ri da cara de Lou:

- Você não existe, porque não pediu logo para falar com o tal Kairo? Quer dizer Kairós.
- Porque fiquei com medo, disse Lou.
- Mas medo de quê criatura? Enlouqueceu? Disse Helena.
- Ué medo, só medo, disse Lou. O que eu iria dizer para ele? Nem sei como ele é! Ok! Vou pensar e nos falamos mais tarde.

Enquanto isso Lou exercita seus dons investigativos na internet, no site de busca mais famoso da rede e logo descobre "um" significado para a palavra KAIRÓS, em um blog misterioso "K L AW"

o momento oportuno de saber

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1 comentario:

Anónimo dijo...
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